Aposentadorias, anistias e pizzas

Estou há um certo tempo sem escrever nesse espaço. Meu último post foi escrito sob forte emoção. Agora estou mais equilibrado, ou não. Na semana passada algumas notícias sobre política chamaram a atenção. A primeira delas foi o pedido de aposentadoria do mensaleiro José Janene (PMDB-PR), um dos raros casos de doentes saudáveis do país, e também por parte de Alberto Goldman (PSDB-SP). Com esse tipo de atitude fica difícil acreditar em oposição. Mas Goldman, que era guerrilheiro, foi um dos poucos que não se penduraram nas tetas do Bolsa-Ditadura. Outra notícia que foi pouco divulgada foi o fim do processo do dossiê contra Aloízio Mercadante (PT-SP). Apesar de todas as evidências, a Polícia Federal preferiu acreditar em um crime sem culpados. A pizza já estava sendo assada desde as eleições. Só estão servindo. E por fim, temos o sumiço da idéia de anistia de José Dirceu. Nos últimos dias, o chefe do esquema criminoso do Governo Federal (palavras do procurador-geral da República) está ocupado com a articulação da venda da revista Isto É (para alguns Isto Era ou Quanto É) para o empresário Nélson Tanure. Dirceu que atualmente é consultor de empresas privadas, pretende manter a revista, que se transformou em um grande reduto governista na imprensa, em mãos seguras. Só falta levar o Mino Carta para ser editor-chefe e transformar a revista em Isto É Capital. Marx ficaria orgulhoso.