A morte de Pinochet

Como todos sabem, morreu hoje em Santiago, no Chile, o ex-ditador Augusto Pinochet. Um busca rápida no Google conta toda a história dele. Este modesto blog pretende refletir sobre as manifestações que sucederam-se após a notícia e quais as lições que o Chile tirou do triste período entre 1973 e 1990. Como toda figura polêmica, Pinochet desperta opiniões favoráveis e contrárias. Pessoas chegaram a brigar na porta do Hospital Militar. A Igreja Católica, uma instituição muito mais forte no Chile que no Brasil, manifestou respeito pela dor da família. Entendo que a morte de um ser humano não deve ser comemorada. Mas as atrocidades cometidas pelo regime do general foram tantas, que fica muito complicado pedir controle em uma hora dessas. O golpe de misericórdia para os que esperavam por justiça veio no dia 2 de março de 2000, quando a Justiça Inglesa soltou Pinochet após 2 anos preso. O pedido de prisão do general foi expedido pelo juiz espanhol Baltasar Garzón. Já o Chile conseguiu superar bem o período, pois não caiu nas armadilhas do autoritarismo de esquerda e hoje possui a democracia mais fortalecida da América Latina. E o mais importante, não simulou uma suposta anistia. Com a exceção de Pinochet, quase todos os generais foram condenados por seus crimes.