Fetiche capitalista do bufão

Esses socialistas me dão uma preguiça... O bufão Hugo Chávez apresentou hoje em seu jornal matinal um cd com músicas cantadas por ele. Segue a nota do Estadão. Comento no final.


"Chávez apresenta CD em que se arrisca como cantor

Disco reúne músicas cantadas pelo líder venezuelano em dezenas de atos públicos.

Por Claudia Jardim - BBC

De Caracas - Não é só de política que vive "el hombre". No domingo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apresentou, entre risadas, um CD que reúne músicas cantadas por ele próprio em dezenas de atos públicos. "Canções de sempre", disse Chávez, ao mostrar o CD durante seu programa dominical Alô Presidente. "Vocês escutam isso e caem na risada", brincou o presidente venezuelano.
O disco Canciones de Siempre, gravado pela diretora de imprensa do despacho presidencial, tende a ser um sucesso absoluto entre os simpatizantes do presidente e poderá se tornar mais um artigo da "Chavezmania", que inclui bonecos com discursos de Chávez, relógios com sua foto e outros souvenirs, como camisetas e chaveiros.
Ainda não se sabe, no entanto, se Canciones de Siempre será comercializado, distribuído gratuitamente ao público ou se ficará no campo da brincadeira entre os muros do Palácio Miraflores. Na capa do CD, aparece uma foto de Chávez risonho, vestido com a sua tradicional camisa vermelha, com microfone na mão e chapéu de palha na cabeça.
Entre críticas a seus ministros, o lançamento de um novo projeto de governo ou a alusão a um dos pensamentos do libertador Símon Bolívar, Chávez costuma cantar músicas populares e camponesas, em especial da chamada região "llanera", onde nasceu o presidente da Venezuela. Em algumas ocasiões, o líder venezuelano se arriscou com canções mexicanas.
Durante a crise diplomática entre Venezuela e México, que Chávez atribuiu ao "império norte-americano", em novembro do ano passado, o presidente venezuelano cantou alguns clássicos em um grande comício para amenizar a polêmica. "Não sou moedinha de ouro, para cair bem a todos, assim nasci e assim sou...", cantou Chávez, vestindo um chapéu mexicano."

É isso. As benesses do capitalismo não parecem atrapalhar a "Revolução Bolivariana" do século XXI. A cara de pau dessa gente é muito grande. Hoje mesmo o padre (acreditem!) da escola que minhas irmãs estudam e onde estudei por bons anos, criticou a capa da Veja sobre Che Guevara. O facínora matava sem piedade e teve o fim que mereceu. No entanto somos obrigados a conviver com a mistificação. O assassino souvenir.