Cannavaro e a consagração do não-futebol
Apesar de toda a letargia do final de ano, não posso deixar de comentar a eleição do "melhor do mundo" feita pela FIFA. O prêmio que foi criado na década de 80, procura sempre destacar algum jogador importante no futebol europeu. Mesmo acontecendo em todas as temporadas, o prêmio só ganha destaque em anos de Copa do Mundo. Em 2006, assistimos a pior Copa da história em nível técnico. Poucos gols, poucos destaques, com o perdão da palavra, um saco. O eleito pela FIFA deste ano foi Cannavaro. Excelente zagueiro. O melhor da posição já há muito tempo. E ele ganhou por causa da Itália, que entre os 4 semifinalistas, era o que jogava o futebol mais feio. Justamente o país que nos últimos 3 anos foi palco de pelo menos 2 grandes escândalos de corrupção. O tetracampeonato aplacou a fúria dos promotores e sem trocadilhos se formou a grande pizza. Da mesma maneira que o tricampeonato apagou o Tottonero da memória italiana. A eleição de Cannavaro mostra o quanto o futebol é cada vez menos futebol. Não custa lembrar que o objetivo é fazer gols. Se o ponto central de uma disputa é evitá-los, não temos mais o esporte. Não quero soar como um velho romântico, o futebol-arte morreu há tempos. O que falta para os treinadores e para as seleções é a vontade de ousar, não é por menos que José Mourinho, do Chelsea, é o melhor treinador do mundo. Ele sabe usar o limite tático máximo de seus jogadores, dá gosto ver o time inglês jogar.
1 Comentários:
Por isso que deu gosto levantar cedo em um Domingo para ver um jogo que meu time não ia jogar. Apesar do Barça ter ficado abaixo do esperado, aquilo foi a melhor final dos mundiais de 2006. Jogado na bola, com os dois times que fizeram de tudo para estar lá e jogaram com vontade de vencer.
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