As lições do PMDB

Hoje o PMDB mostrou bem a sua cara para o governo federal. Por 46 votos contra 22, a criação da Sealopra (Secretaria de Ações de Longo Prazo) foi barrada. A MP pode ser reeditada, mas apenas votada em 2008. Com isso, o nosso intelectual que fala em línguas estranhas, Mangabeira Unger pode ficar fora do governo. E o mais positivo de tudo isso é a não criação de 600 cargos. O mais importante dessa história é analisar a importância que tem o PMDB no momento atual. A reação de hoje foi um aviso para a votação da CPMF. Se Lula e sua equipe acharem que será fácil continuar com o imposto, terão que cortar da própria carne. Aliás, gente para comê-la é o que não falta.

E Cruvinel conseguiu!

A presidência da TV Lula, ou melhor, do novo canal federal de televisão terá a presidência da jornalista Tereza Cruvinel. Ela estava há 20 anos no jornal O Globo. A sua ida para a tv pública a recompensa por anos de serviços prestados ao petismo. Da turma do nariz marrom ainda faltam Mino Carta, Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.

Revolução Bolivariana Brasileira

O jornalista Ali Kamel, do jornal O Globo, publicou um artigo esta semana, no qual denuncia o livro didático Nova História Crítica, que é utilizado pela 8ª série de escolas de todo o Brasil.
No texto, Kamel aponta dados assustadores do conteúdo da 'obra'. Editado pela Nova Geração, o livro foi aprovado pelo Ministério da Educação em 2002.
Na edição voltada para os estudos de educação física há um capítulo chamado "Esporte como forma de afirmação da sociedade capitalista". O texto que segue desfila um festival de lixo sub-marxista, como uma crítica ao "modelo de competitividade do esporte".
As universidades, com raras exceções, foram dominadas pelos partidos de esquerda ainda na década de 1950. Entre os corpos docentes é um festival de idéias politicamente corretas e voltadas ao socialismo.
Ontem mesmo, tive uma palestra sobre a América Latina. O professor faz parte do Movimento de Solidariedade a Cuba. Não preciso contar o que se seguiu. O que mais me preocupa não é a presença desses tipos no meio acadêmico. E sim a concordância das hordas universitárias. Os alunos de uma forma geral não se mostram indignados e engolem toda essa baboseira.
Para quem ainda se sente incomodado com alguma coisa, existe um site chamado Escola sem Partido (www.escolasempartido.org). Lá é possível acessar uma coletânea de textos sobre esse assunto. Adianto que o quadro é assustador. Os dinossauros não desapareceram da Terra.

Ainda Mares Guia - 2

Como o homem é a bola da vez, não custa lembrar algumas coisas que acabam passando. O atual Governo produz escândalos proporcionais a sua ineficiência. Recordo-me, que em 2003, o programa Fantástico, da TV Globo, apresentou uma matéria sobre a morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, no 2000, que havia sido Miss Minas Gerais. Envolto de um mistério muito grande, o caso foi concluído como suicídio. Dois anos depois, foi reaberto e fechado como assassinato. Entre os políticos que eram ligados à ex-miss estavam o ex-governador mineiro Newton Cardoso, Henrique Hargreaves, ex-Chefe da Casa Civil do governo Itamar Franco e Walfrido dos Mares Guia. Todos eles tiveram depoimentos colhidos pelo Ministério Público de Minas Gerais. Mares Guia não foi considerado suspeito.
Um fato curioso de toda essa história foi o envio de documentos, por parte do MP, para as CPI dos Correios. Havia por parte da família de Cristiana, a suspeita de que ela transportava malas com dinheiro entre MG e SP. Pouco se sabe do destino desses documentos.
O promotor do caso, Francisco Assis Santiago acredita que o inquérito, que apontou como único culpado o detetive particular e ex-namorado da modelo, Reinaldo Pacífico, deve ser reaberto. Santiago defende a tese de que Pacífico matou a mando de alguém.

Ainda Mares Guia - 1

O caso do ministro Walfrido dos Mares Guia começa a preocupar o Governo Federal. Segue uma nota do Estadão, volto no final.


"Mensalão de MG: Planalto teme ação contra Mares Guia

Por João Domingos - Agência Estado

BRASÍLIA - Há uma apreensão muito grande no governo com a possibilidade de o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciar o ministro das Relações Institucionais ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação no esquema de arrecadação de dinheiro montado em 1998 para a campanha à reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), hoje senador.

O esquema, que teve a participação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza - o mesmo do escândalo do mensalão do PT - ficou conhecido por "mensalão mineiro". De acordo com inquérito da Polícia Federal, o esquema teria arrecadado mais de R$ 100 milhões à custa do desvio de dinheiro público e de estatais.

Para a PF, foi o embrião do maior escândalo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou por envolver a cúpula do PT. A denúncia do procurador da República contra os envolvidos neste último escândalo possibilitou ao STF abrir processo contra 40 pessoas, entre elas os ex-ministros José Dirceu, Luiz Gushiken e Anderson Adauto.

O temor do Palácio do Planalto com um novo escândalo deve-se ao fato de que a denúncia do procurador da República contra um ministro não só o enfraquece, como atinge o próprio governo.

Mares Guia tem como uma de suas funções estratégicas o estreitamento de laços entre o governo e o Congresso. É ele que negocia com cada um dos 513 deputados e 81 senadores a liberação das emendas parlamentares e que trata das nomeações de políticos indicados para cargos em estatais, segundo escalão e até ministros. "


Esse negócio começa a ficar interessante. Mares Guia entrou no lugar de Tarso Genro no começo do ano. Lembro bem que alguns jornais noticiaram à época, que o mineiro havia agradado muito ao presidente Lula por sua habilidade em negociações e conhecimento dos meandros do Congresso Nacional. Até o momento, parece que as habilidades de Guia animam o Apedeuta por outras razões...

Há algo de podre em MG. Seria o queijo?

A revista Isto É dessa semana traz uma matéria que complica bastante a situação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e do ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia (PTB-MG). O chamado 'mensalão mineiro' é considerado o embrião do esquema de lavagem de dinheiro e compra de deputados pelo Governo Federal, durante o primeiro mandato de Lula (será que acabou mesmo essa compra?). Os protagonistas inclusive são os mesmos. Duda Mendonça, Marcos Valério, Zilmar Fernandes, a agência SMP & B... Azeredo é um cadáver político desde que o Mensalão estourou em 2005. Entre todos os seus problemas, o mais sério, de fato, foi permanecer entre os tucanos, o que ainda faz os petistas sorrirem com o mantra "somos todos iguais". No entanto, a grande revelação do final de semana é a presença mais do que suspeita de Mares Guia no esquema de lavagem de dinheiro. Tudo começou em 1998, durante a campanha para o governo estadual de Minas Gerais, quando Azeredo perdeu a eleição para Itamar Franco (PMDB-MG). De acordo com o relatório da Polícia Federal, Mares Guia comandava a distribuição dos recursos já 'limpos' entre os candidatos a deputados federais do estado. A lista de partidos é bem plural, vai do PT ao PSDB, passando por PFL, PSB e PSC. É fato que o dinheiro não escolhe ideologia.

A estranha vontade de Tarso

O ministro da Justiça, Tarso Genro, mostrou hoje para a imprensa uma obstinação que fazia tempo não se via no Governo Federal. Com a prisão do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, no último sábado, o Brasil pediu a extradição dele. Genro afirmou que iria para Mônaco para agilizar o processo. Ah, se toda essa disposição acontecesse nos casos do Mensalão, do Caseiro, do Dossiê, do Waldomiro Diniz...

O processo de despolitização

Na falta de um termo mais apropriado, usarei 'despolitização' nesse texto. O brasileiro realmente nunca se interessor por política. E duvido que fará isso tão cedo. O fato de Renan Calhorda ter se salvado hoje levanta pelo menos três aspectos negativos. O primeiro é o reforço na popularidade de Lula. A cada escândalo e a cada momento trágico do Congresso, Lula nada de braçada na opinião pública. O segundo é a confirmação da impunidade. A certeza de que o crime compensa. Já o terceiro, acho de todos o mais grave, é a distância cada vez maior da população dos processos políticos. Algumas pessoas ficam desiludidas, com muita razão, com os rumos tomados pelos parlamentares. A idéia de mudança e as possibilidades de efetuá-la perde muita força em momentos como esse. Não podemos parar. Vamos lutar e desinfectar as instituições.

Senhores calhordas

O Senado Brasileiro (não sei se devo escrever isso com caixa alta) protagonizou hoje um de seus momentos mais vergonhosos. A absolvição de Renan Calhorda, ops, Calheiros, nada mais é do que uma demonstração suicida de corporativismo e rabo preso. Tanto Renan, quanto Francisco Dornelles (PP-RJ) ameaçaram explicitamente os parlamentares. E o mais triste de tudo é que a ameaça deu resultado. Para chegarmos aos 6 que anularam o voto, a conta é bem simples. São 8 senadores do PT. Mercadante se adiantou e confessou a abstenção. Tião Viana nunca escondeu sua preferência por Renan. Logo sobram 6, justamente o número de covardes, que se escondem até em voto secreto. Mercadante mostrou bem a sua personalidade. Esteve por trás do dossiê que tentou melar as eleições em São Paulo. E agora é um teórico da abstenção. O fundo do poço ainda não chegou.

Os 'excluídos' cada vez mais incluídos

Não escondo de ninguém que acho essa história de inclusão social e afins uma grande balela e que há muita gente ganhando muito com isso. No entanto, o que considero mais negativo é a presença da Igreja Católica nesse movimento. A tal Teologia da Libertação, totalmente baseada no pensamento marxista da esquerda, nada mais é do que a destruição da Igreja. Acreditar em um marxismo cristão é o mesmo que aceitar um atleticano cruzeirense. As duas coisas não andam e nunca deveriam andar juntas. Os movimentos sociais foram fiadores e agora são clientes do Governo Federal. O MST já ganhou até uma universidade para formar seus criminosos. E as outras siglas, como a Educafro, a Conlutas e tantas outras bebem bastante nas fontes do dinheiro estatal, aquele que eu, você e todos nós pagamos como impostos. O que fica dessa história toda é que se você for um Sem-Terra ou militante social (cruzes!) tem todo o direito de fazer o seu proselitismo. Mas se pertencer a elite branca, reacionária, que entre outras coisas tem o costume de trabalhar e pagar impostos, a porta da rua é serventia da casa. E a rua será nossa no dia 29 de setembro.

Obrigado Jarbas!

Grande parte das pessoas que estão hoje no poder buscaram, e ainda buscam, uma espécie de 'imortalidade' política. Muitos deles foram terroristas e assassinos. Não é o caso do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Hoje ele fez um discurso digno de um defensor da democracia e que deveria ser ecoado por todo o país. Se o PSDB e o DEM tivessem a mínima vontade de ser oposição o que vai abaixo deveria ser repetido como um mantra. Volto após a matéria do Estadão sobre o discurso:


"Jarbas critica ataques de Lula e petistas à imprensa

Por Rosa Costa - Agência Estado

BRASÍLIA - O senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) fez, da tribuna, um discurso em que criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os petistas por tentarem transferir para a imprensa, segundo ele, a responsabilidade por erros que cometeram no exercício do poder.

Na avaliação de Jarbas, quem acompanha a política brasileira nos últimos 27 anos sabe o quanto o PT deve à imprensa livre. "A imagem de um partido ético, inovador e diferente dos demais foi construída a partir de milhares de reportagens veiculadas em jornais, emissoras de rádio, emissoras de TV e, mais recentemente, pela internet", afirmou o senador.

Segundo Jarbas, a freqüente alegação dos petistas de que haveria uma "conspiração" contra o governo não passa de uma farsa. "Que conspiração é essa, repetida reiteradamente pelo PT? Foi a imprensa que comprou apoio de deputados para votarem com o governo?", questionou o senador pernambucano.

E insistiu: "Foi a imprensa que ampliou os gastos com cartões corporativos da Presidência? Foi a imprensa que quebrou o sigilo bancário de um simples caseiro? Foram repórteres que foram pegos transportando dólares na cueca?"

Em um regime democrático, lembrou Jarbas Vasconcellos -, a relação entre Poder e imprensa sempre será tensa, mas imprescindível. "Numa ditadura, não existe essa relação, não há liberdade. Existe censura, repressão. No regime de força, em que o Brasil viveu boa parte do século passado, o ditador de plantão é quem tem a palavra final. E não é isso que queremos novamente para o País." "

É verdade que poucos parlamentares teriam peito para falar isso. Mais do que coragem, falta moral e trajetória política para isso. Com menos vermelhos e menos bois caros, as coisas tendem a melhorar. Precisamos de mais Jarbas e menos Renans.

Tosco, o medíocre

Dentro do futebol existem dois tipos de jogadores. O que tem e os que não tem caráter. Se focalizarmos apenas os goleiros, teremos um grupo formado por nomes como Marcos, Veloso, Zetti, Raul Plassman, e muitos outros. Já o outro grupo tem a presença de Ronaldo, Fábio Costa e mais recentemente do Tosco. O primeiro conjunto de goleiros sempre primou pela esportividade e pela boa conduta dentro dos gramados. São ídolos justamente por isso. Por outro lado, o segundo conjunto sempre será marcado por confusões, brigas e atos de má-fé. O São Paulo quando abrigou Rojas, o que salvou a vida dele, parece ter mantido em suas atitudes o pensamento do chileno. As declarações de Rogério Ceni, somadas ao que ocorreu dentro de campo e no final da partida mostraram bem as motivações da equipe do Jardim Leonor. Já tentaram nos tirar o estádio na década de 40. Votaram pela nossa extinção. E agora querem isso. Eu quero que o Tosco seja banido do futebol. E que fique claro uma coisa: os bambis podem ganhar mais 30 Brasileiros, 10 Libertadores e 10 Mundiais. Nunca serão o Palmeiras.