Domiciano's Last Stand

Aqui dou alguns pitacos sobre política, esportes, economia, cotidiano, músicas, brigas amorosas, compra e venda de automóveis...

29 maio 2007

A lista dos republicanos


Foi divulgada pelo anão Atchim (Kennedy Alencar), no blog dele na Folha, a lista dos políticos que receberam presentinhos da Gautama. O cheiro é realmente ruim. Se aguentar, volto lá embaixo, porque a lista é grande.


Deputados federais e ex-deputados:

Benedito de Lyra (PP-AL)

Jonival Lucas Jr. (ex-deputado pelo PTB-BA)

Pedro Novaes (PMDB-MA)

Gastão Vieira (PMDB-MA)

Átila Lins (PMDB-AM)

Jutahy Jr. (PSDB-BA)

Paulo Magalhães (DEM-BA)

Olavo Calheiros (PMDB-AL)

José Carlos Aleluia (DEM-BA)

Marinha Raupp (PMDB-RO)

Paulo Lima (ex-deputado pelo PMDB-SP)

Vicentinho (PT-SP)

Professor Luizinho (PT-SP)

Jorge Bittar (PT-RJ)

José Borba (PMDB-PR)

Ricardo Barros (PP-PR)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Almerinda Carvalho (ex-deputada pelo PSB-RJ)

José Chaves (PTB-PE)

Luiz Piauhylino (ex-deputado pelo PDT de Pernambuco)

Maurício Quintela (PR-AL)

Eduardo Campos (PSB-PE)

Iberê Ferreira (ex-deputado federal pelo PSB-RN)

José Carlos Machado (DEM-SE)

Gervásio Oliveira (ex-deputado pelo PMDB-AP)

Milton Monte (PR-SP)

Humberto Michiles (ex-deputado pelo PL-AM)

Welington Roberto (PR-PB)

Ivan Paixão (ex-deputado federal do PPS-SE)

João Leão (PP-BA)

Wilson Santiago (PMDB-PB)

Celcita Pinheiro (ex-deputada do DEM-MT)

Osvaldo Reis (PMDB-TO)

Márcio Reinaldo (PP-MG)

ACM Neto (DEM-BA)

Albano Franco (PSDB-SE)

Pedro Passos (deputado distrital do PMDB)

Carlos Wilson (PT-PE)


Senadores e ex-senadores:

José Sarney (PMDB-AP)

José Agripino (DEM-RN)

Teotônio Vilela (PSDB-AL)

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

Sérgio Guerra (PSDB-PE)

João Ribeiro (PFL-TO)

Roseana Sarney (PMDB-MA)

Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA)

Almeida Lima (PMDB-SE)

Fernando Bezerra (ex-senador pelo PTB-RN)

Waldir Raupp (PMDB-RO)

José Jorge (DEM-PE)

Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Jonas Pinheiro (DEM-MT)

Romeu Tuma (DEM-SP)

João Tenório (PSDB-AL)


Ministros de Estado:

Geddel Vieira Lima (Integração Nacional)

Alfredo Nascimento (Transportes)

Paulo Bernardo (Planejamento)


Ex-ministro:

Silas Rondeau, ex-ministro das Minas e Energia
Ministros do TCU

Walton Alencar Rodrigues (presidente da entidade)

Augusto Nardes

Aroldo Cedraz

Guilherme Palmeira

Benjamin Zinler


Governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitos:

Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco e atual senador

Marcone Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás

Ronaldo Lessa, ex-governador de Alagoas (PDT)

Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas (DEM)

Eduardo Braga (PMDB), governador do Amazonas

Paulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)

Eraldo Tinoco, ex-vice-governador da Bahia (DEM)

João Alves, ex-governador de Sergipe (DEM)

Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (PT)

Luiz Caetano, prefeito de Camaçari (PT)

Marcelo Miranda (PMDB), governador de Tocantins

Joaquim Roriz (PMDB), ex-governador do Distrito Federal e hoje senador

José Reinaldo Tavares, ex-govenador do Maranhão

Antonio Imbassahy, ex-prefeito de Salvador

Agripino Lima, prefeito de Presidente Prudente

Iris Rezende, ex-governador de GoiásAndré Puccinelli, governador do Mato Grosso do Sul (PMDB)

Alcides Rodrigues, governador do Goiás (PP)

Waldez Góes, governador do Amapá (PDT)

Jackson Lago, governador do Maranhão (PDT)

Oswaldo Dias (PT), ex-prefeito de Mauá

Marcelo Déda, governador de Sergipe (PT)

Jaques Wagner, ex-ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia


Outros

Alexandra, ex-mulher do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares


Ufa! Haja agrados para tanta gente. Confesso que há nomes que me decepcionaram. Para qualquer político é vedado o direito de receber qualquer tipo de presente. Isso não significa necessariamente desonestidade. Mas há pessoas nessa lista que estão em todos os escândalos do governo Lula. Mas como ele mesmo definiu "são apenas alguns aloprados".

27 maio 2007

Palmeiras x São Paulo

Boa parte da nossa gloriosa imprensa esportiva está querendo jogar para o Palmeiras um favoritismo e uma obrigação desproporcionais. Os queridinhos deles passam por uma fase nebulosa e isso é o ponto de partida para a transferência de responsabilidade. Já comentei uns tempos atrás sobre a interferência de Juvenal Juvêncio no trabalho de Muricy. Se hoje o SP jogar com o comando de JJ será complicado para o Palmeiras. Se entrar o time do Muricy, as chances aumentam bastante para o Palestra. A tática dos comentaristas é clara. Se o SP vencer, será a vitória da superação, do renascimento. Se der Palmeiras, é só confirmar a má-fase e o fim da era Muricy. Enxergar o futebol com a manchete escrita é uma merda!

23 maio 2007

Até tu, Tuma meu filho?


Quando eu era criança uma das figuras televisas que mais me chamava atenção era o delegado Romeu Tuma. Mesmo porque era apresentadao como um xerife, um defensor das leis e do povo. Bom, com o tempo as máscaras caem. Diversas notícias desde o final do ano passado davam conta que Tuma se bandeou para o lado de Lula, inclusive podendo ir para o PR (Partido Republicano, hahaha!). Eis que Tuma aparece na lista fedorenta de Zuleido Veras. Ele teria recebido um whisky de presente

no final do ano. O xerife não está só. Na turma do Chivas (ou seria Johnny Walker?) também estão alguns nomes de governadores. Tudo em defesa dos interesses republicanos.

Vagabundos


Essa invasão da USP já deu no saco. O Estado Democrático de Direito já está solapado. Ou a Polícia entra e tira essa corja de lá ou perderemos qualquer resquício de democracia ou civilização. Esses vagabundos "estudam" e moram com nosso dinheiro. Utilizam o capital para fomentar suas greves e fazer política dentro da universidade. A lista de reinvidicações é absurda e vai contra o plausível. Em uma reportagem da TV Globo, um rapaz fala o seguinte: "Eles estão contra o direito coletivo de greve". Quer dizer então que a USP existe apenas para os grevistas? Que as pessoas que estudam realmente e trabalham não tem os mesmos direitos. Falo e repito, o que essa gente precisa é de borracha. E bem dada!

17 maio 2007

Navalha Cega

A Polícia Federal realizou hoje uma operação denominada Navalha. Os detalhes podem ser conferidos nos jornais de amanhã e nos grandes portais de informação. Pretendo nesse texto refletir um pocuo sobre os efeitos que essas mega-operações (muitas vezes com nomes até exdruxúlos) causam na sociedade e o que efetivamente elas significam. No momento que os holofotes da mídia estão ligados para a PF, a idéia principal, propagada subliminarmente é de que no Governo Lula, "os ricos e poderosos também vão para cadeia". Além de ser uma grande falácia, pois atualmente ninguém fica na cadeia, serve como bandeira eleitoral de próprio presidente. Não questiono aqui as prisões. Se aconteceram é porque houve uma razão e a Justiça emitiu um mandado. No entanto, o que ocorre com essas pessoas? A primeira atitude é soltar habeas corpus para os principais envolvidos. Os que continuam na cadeia, vão sendo esquecidos gradativamente, até ganharem a liberdade. E no final das contas, apenas o garçom paga o pato. O caráter megalômano dessas operações dá em um primeiro momento o sentimento de vingança, mas logo reativa a triste e revoltante sensação de impunidade. Gostaria de acreditar que dessa vez será diferente.

Solidariedade

Essa invasão da reitoria por alguns alunos da USP merece apenas borracha. E de preferência bem dada. Segue abaixo a carta de um professor que foi agredido durante a greve da USP São Carlos. Se você não sentir nada ao ler, procure um médico. Volto no final.

"São Carlos, 11 de maio de 2007.

Prezado Diretor do IFSC, Presidente do CTA e Membros do CTA,

Comunico-lhes nesta oportunidade, com pesar e mesmo amargura, um fato extremamente importante ocorrido no dia 10/05/2007, que se segue. Se existe algo que cultivei e preservei, como professor nos meus quase 30 anos de carreira universitária, é minha dignidade como educador e pesquisador. Em toda a minha vida de cidadão brasileiro e como professor universitário, nunca tive tal qualidade questionada, muito menos roubada e vilipendiada, como aconteceu na referida data.
Ao tentar adentrar, por volta de 6:40 h da data mencionada acima, no campus da USP/São Carlos (entrada pelos fundos do ICMC), como sempre o faço, recebi ordens verbais de um pequeno grupo de funcionários e alunos para não fazê-lo, pois esta era a recomendação tirada em assembléia de suas categorias.
Tentei conversar e disse a eles que os respeitava e respeitava também o direito de eles fazerem suas manifestações, porém queria que me respeitassem como cidadão, o meu direito de ir e vir em um local público. Ao tentar entrar fui agarrado e impulsionado em direção contrária, por duas vezes, com palavras de ordem para eu ir embora para casa.
Como só havia manifestantes grevistas no local, senti que se insistisse um pouco mais, as conseqüências físicas, além das morais recebidas, seriam desastrosas. Pedi que os funcionários me dessem seus nomes reiteradamente e também os alunos, para que pudesse ao menos buscar valer, a posteriori, os meus direitos.
Não obtive respostas, exceto por um dos funcionários que se denominou como “Zé”. Minha indignação foi grande, maior do que se tivesse sofrido um seqüestro, pois, nesse caso, estaria lidando com bandidos e teria a esperança de que fossem punidos pela lei.
Mas, não no presente caso. Estava eu na frente de indivíduos “encapuzados” pela identidade anônima, funcionários da Universidade que tanto prezo e assistidos por alunos que são aqueles a que tenho me dedicado por toda a vida.
Uma luta desigual, onde, em nenhum momento, foi respeitada a minha dignidade como professor e ser humano.Transtornado, fui obrigado a sair do local. Consegui, pelo portão central da USP, também cercado por outros manifestantes com atitudes truculentas, que entrasse no campus, dizendo a eles que nossas conversas estavam sendo gravadas.
Ao chegar em minha sala, por volta das 7:30 h, que é defronte à portaria da Física, pude ver cenas típicas da revolução cultural chinesa, patrocinada pelo não saudoso Mão Tse Tung. Vi colegas meus, como o professor. E. E. Castellano, a professora. Ivone Mascarenhas, o professor Milton F. de Souza, passarem por atitudes vexatórias de coerção moral e até física, com funcionários colocando-se na frente da entrada dos professores.
Vi uma cena triste onde o líder dos manifestantes gritava com o professor Silvestre Raguza, gesticulando e dizendo para ele ir embora e, depois, numa atitude humilhante, erguer até meia altura os cordões para que o Professor se curvasse e adentrasse ao campus. Não sei se por humilhação ou por dificuldade física devido à idade, o professor, que tanto contribuiu com diversas gerações de pesquisadores, se retirou humildemente, ficando a poucos metros, pensativo, e, com certeza, desapontado e perplexo antes de retornar para sua casa a passos lentos.
Vi um professor jovem (Daniel Vanzelli) que tinha a passagem interditada pelos manifestantes e só conseguiu entrar após a intervenção minha e do professor Glaucius Oliva, que viemos ao seu socorro após o chamado. Mais tarde, em passeata, passaram os manifestantes em frente à minha sala, pararam e ouvi meu nome, juntamente com o do professor Glaucius, sendo manchado com palavras do mais baixo calão.
Mais ainda, dito em público que fui um agressor ao tentar, no período da manhã, adentrar à Universidade. Tudo isto ocorrendo com um conjunto de estudantes, aqueles que tanto prezo, gritando e manchando meu nome.Senti morrer em mim todo o orgulho e satisfação em dar e preparar os meus cursos nesta Universidade.
Senti-me indignado em ministrar cursos a estes alunos que possuem tal opinião a meu respeito. Perdi minha dignidade. Amargurado e revoltado, resolvi ir ao sistema de segurança do Campus verificar se havia gravação dos fatos ocorridos. Qual minha surpresa quando me informaram que, desde o dia 26 de abril de 2007, não havia gravação por motivo de expansão do número de câmeras.
O motivo não me convenceu, mas, se o mesmo é verdade, por que não foram comunicados os dirigentes e membros da Universidade? Talvez outras providências pudessem ser tomadas se as gravações tivessem sido feitas.O que mais me sensibiliza é saber que tais atitudes ocorreram e ocorrerão porque os dirigentes (reitor anterior e a atual), diferentemente das suas responsabilidades de resguardar a nossa dignidade como professores, em todo acordo de greve, a primeira providência é a não punição dos grevistas. Esqueceram-se tais dirigentes que o patrimônio maior da Universidade é a qualidade e a dignidade de seu corpo docente. Quero minha dignidade de volta!

Prof. Dr. Francisco Castilho Alcaraz
Ilmo. Sr.Prof. Dr. GLAUCIUS OLIVA
DiretorInstituto de Física de São Carlos
Universidade de São Paulo"

Não nos resta muita coisa a fazer. O caminho daqueles que buscam um pouco de paz, dignidade e conhecimento está bloqueado. Já passou da hora de tirarmos esse lixo da nossa frente.

16 maio 2007

Poeminha para fechar a noite

Vou postar uma poesia feita por mim no distante ano de 2005. O nome da pessoa não significa muito. Não debochem por favor:



Ariane

Seu nome lembra o louro
Mas seus cabelos negros como carvão
Acenderam a brasa do meu coração
E nesta bela junção de cores, espero não ter dissabores
E sim muitos amores

Vamos subverter o tempo
Seja a minha rainha asteca
Ou se preferir, subjugue meu coração

Pode não ser agora, mas sei que é você
E no dia que o sol brilhar de uma maneira diferenteA face tupi se juntará a face maia e será quente, apaixonada e derradeira!

15 maio 2007

Bambinismo em crise e a operação abafa

A equipe do São Paulo sofreu nas últimas semanas duas derrotas expressivas. Após ser eliminado em um acachapante 4 x 1 para o São Caetano, no Paulista, o time sucumbiu diante ao Grêmio, pela Libertadores (o torneio mais importante para a própria torcida). Perder é algo normal para qualquer clube. No entanto, na última sexta-feira, o ambiente são-paulino foi sacudido pela visita do presidente Juvenal Juvêncio ao CT. Após um encontro com Muricy Ramalho, a escalação foi mudada e alguns jogadores viraram titulares. A interferência de um dirigente no trabalho de um treinador sempre foi condenada pela imprensa. Milagrosamente, não houve críticas. Se isso tivesse acontecido por exemplo no Palmeiras, nossos cronistas já teriam ateado fogo às vestes, o presidente palmeirense já teria sido crucificado e execrado pela mídia. Mas como aconteceu no São Paulo, está tudo certo. O mais interessante é que nas últimas horas, os jornalistas estão amenizando a forma de abordar o assunto e a desordem característica de todos os clubes - inclusive do São Paulo - se perpetua.

Aumento dos dePUTAdos

Enquanto recebíamos a visita de Bento XVI, nossos religiosos parlamentares agiam em favor do próximo. Do próximo salário. Um amigo meu, Lucas Cyrino, mais conhecido como Guaxupé, escreveu um texto sobre esse assunto, volto em seguida.


"Muitas coincidências

Por Lucas Cyrino

Quarta-feira, dia nove de Maio, dia importante para o Brasil. Dia da primeira visita do Papa Bento 16 ao Brasil, histórico, não? Mas não foi nesta mesma quarta-feira, a mais fria do ano em várias regiões do país, que a Câmara dos Deputados votou para que haja urgência em uma nova votação que determina o aumento de salário, deles próprios, deputados, do presidente da república, do vice e dos ministros. Coincidência!
Se aceito, o reajuste será de 28,05%,e sabe qual foi a votação para estabelecer caráter de urgência? 355 votos a favor a 85 contra. Os salários dos parlamentares saltarão de R$ 12.847 para R$ 16.512,09. Lula, que recebe atualmente R$ 8.885, passará a receber R$ 11.420. Já o salário de Alencar e dos demais ministros subirá dos atuais R$ 8.362 para R$ 10.748.
Ora, não é preciso ser nenhum gênio, ou mesmo santo, para entender o porque desta votação, justo no mesmo dia da chegada do maior nome da igreja católica. O Jornal Nacional, programa jornalístico vai visto no Brasil, da mesma data, fez uma cobertura completa da chegada do pontífice. Fátima Bernardes, primeira dama da emissora, se deslocou até o Mosteiro de São bento, em São Paulo (O casal vive no Rio de janeiro), só para mostrar a janela onde o Papa apareceu e fez um discurso e pessoas batendo o queixo de frio, aguardando, não se sabe bem o quê.
Mas, espera ai, sobre a votação, algo a declarar? Muito pouco, e mesmo assim, ofuscada pela presença do Papa no Brasil. Não estou aqui para criticar a vinda da divindade católica, longe de mim. A crítica é justamente aos homens eleitos pelo povo de votarem um aumento de benefício próprio no mesmo dia e assim ofuscar, tornar menor, com menos destaque, a escolha. É como jogar a sujeira embaixo do carpete. Ou “Vai logo que ninguém ta vendo”.
É digno dizer que, para que votações assim existam é feito um projeto, de algum deputado, este projeto é apresentado em sessão e depois há a votação. Ou seja, os próprios deputados resolvem quanto vão ganhar. É como se professores, cansados pela miséria que ganham, simplesmente pensassem: “Ah, amanhã vou aumentar meu salário”.E feito.
É claro que a votação, se aceita pela câmara dos deputados, diga-se de passagem, presidida por Arlindo Chinaglia , do PT, deve passar ainda pelo Senado. O presidente do Senado é Renan Calheiros, do PMDB, opa! Os partidos são aliados! Outra coincidência."

Já escrevi sobre esse assunto faz alguns meses. A cara de pau desses senhores não tem limites, eles estão martelando esse aumento faz tempo. E a grande bandeira da campanha de Chinaglia (leia-se Canalha) foi a elevação dos ordenados. Se reagirmos da mesma maneira, desde a primeira tentativa de aumento, isso dificilmente passará. Se passar caro amigo, pague e agradeça, afinal é "Lula de Novo, com a culpa do povo".

Julho, o mês do hard rock!

O ano tem sido interessante em matéria de shows internacionais. Já tivemos Asia, Nazareth, Roger Waters, Aerosmith, Motorhead, Jethro Tull. Teremos em maio, o Sweet, banda inglesa de glam rock, em junho é a vez de Alice Cooper com seu rock teatral. E você pensa que acabou? Se tudo se confirmar, julho terá em sua primeira semana, três grandes nomes do hard rock mundial. O possível cronograma dá conta que o guitarrista George Lynch (ex-Dokken) se apresentará no dia 1 de julho. Cinco dias depois seria o último show da banda sueca Talisman, formada por Jeff Scott Soto (atualmente no Journey) e por Marcel Jacob (um dos grandes baixistas de atualidade). Outro nome que pode chegar, no dia 8 de julho, é Paul Gilbert, que foi guitarrista do Mr. Big e que atualmente faz parte do G3. Lembrando, que não estão confirmados e ainda não há definição de locais dessas apresentações. Ainda no campo das especulações, estão o Def Leppard, o Thin Lizzy e Glenn Hughes. O último, tem prometido voltar ao Brasil desde 2004, no entanto isso nunca esteve tão perto quanto agora.

08 maio 2007

Excrementos

O jornalista Luiz Carlos Barbon Filho foi covardemente assassinado no último sábado. É desnecessário dizer que foi um atentado contra a liberdade de imprensa e a consagração da impunidade. Barbon denunciou o esquema de pedofilia que envolvia políticos da cidade de Porto Ferreira, distante 233 km da Capital. O fato chamou a atenção da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), da OAB (Organização dos Advogados do Brasil), da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e do CPJ (Comitê de Proteção dos Jornalistas). Até aí tudo normal. No entanto os dois sindicatos da categoria (ou catchiguria para os indigentes) lançaram uma nota (?) sobre o assunto. Se conseguir ler até o final, vou escrever alguns comentários sobre o lixo:

A morte de qualquer cidadão nas circunstâncias ocorridas na cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo, onde Luiz Carlos Barbom Filho, de 37 anos, foi assassinado a tiros, obviamente, gera indignação, repulsa de toda a sociedade.
Inicialmente, é preciso exigir o esclarecimento, bem como a punição dos responsáveis e hipotecar toda a solidariedade aos familiares e amigos da vítima.Luiz Carlos Barbom Filho, apesar de se auto-intitular, não era jornalista de fato e de direito.
O jornal de sua propriedade, Realidade, foi fechado pois nunca esteve regularizado e Barbom Filho não possuía o registro de jornalista, tendo sido, inclusive, processado por exercício ilegal da profissão.No entanto, esses fatos não justificam nenhum ato de violência contra sua pessoa e tampouco desabonam as denúncias que eventualmente tenha tornado públicas contra desmandos de autoridades ou grupos.
Esse episódio exige uma reflexão profunda sobre o atual estágio de fragilidade social à qual está exposta a profissão de jornalista e grande parte da população.
Não é possível que crimes e ilegalidades só sejam alvo de ação efetiva do poder público, após se tornarem fenômenos midiáticos. A população não pode ter suas demandas atendidas pelo Estado somente após terem se tornado manchetes dos veículos de comunicação.
É preciso existir canais abertos para que o povo exerça a cidadania, denuncie os desmandos dos poderosos, exija o cumprimento da Lei, enfim, faça valer seu direito à cidadania.Para a realização plena dessas condições básicas de liberdade, os jornalistas têm um papel fundamental a cumprir. Isso é obvio, mas é doentio pensar que todo cidadão, para poder exercer esses direitos, deva se arvorar à condição de jornalista.
Estamos diante de uma prova de “déficit de cidadania” no País, que precisa ser solucionado, sob pena de jamais ser uma democracia de fato e de direito!

São Paulo e Brasília, 07 de maio de 2007.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Federação Nacional dos Jornalistas


Não é novidade que tanto a FENAJ quanto o Sindicato Paulista possuem em seus quadros boa parte da elite sindical de nossa República. Nunca na história desse país, a pelegada esteve tão à vontade. Promovem greves, fazem ameaças e não são punidos. Nesse caso passaram do limite. Eles não sabem escrever e acham que o diploma é a salvação para suas medíocres carreiras. Você já leu alguma matéria de algum sindicalista da FENAJ? Eu também não. Algum deles já ganhou Prêmio Esso? Agora, se a pergunta for, quantos deles trabalham no Poder Público, a lista é imensa. Não podemos deixar esse excremento ficar sobre nossos tapetes. A limpeza terá que ser eficaz.

07 maio 2007

Adendos sobre a Virada Cultural

Ao contrário do que muitos estão pensando, acho a idéia da Virada Cultural muito boa. É uma excelente iniciativa. A minha crítica, no entanto, é contra o fato de terem colocado Racionais MC's. Se a Virada era Cultural, o que faziam ali? Isso, mais uma vez é culpa da maldita idéia de "pluralidade". Temos que abrir espaços para as coisas. Infelizmente há coisas que não merecem espaço. Essa "cultura da periferia" é uma delas. Já que o senador Eduardo Suplicy é tão solícito, ele faria um showzinho de rap nos jardins de sua casa? Compartilharia de seus alimentos com os "manos" e "minas"? Fica o registro.

06 maio 2007

Os indigentes estão chegando...

Há algumas semanas escrevi sobre a indigência cultural que está em voga no Brasil. Ontem tivemos em São Paulo a demonstração mais eficaz dela. Durante um show do Racionais MC's na Virada Cultural houve tumulto e quebra-quebra no centro da cidade. A chamada pluralidade obriga os organizadores a colocarem na lista de atrações esse tipo de grupo. Não é a primeira vez que isso acontece e não será a última. Nossos queridos excluídos estavam pichando fachadas de prédios históricos. Nada mais característico. Essa gente é a nossa escória (tão bem definida pelo eleito Sarkozy). Imagine se esse "show" fosse no Teatro Municipal? Já teriam defecado nas cadeiras e quebrado todo o patrimônio. Mas para que preservar? Nosso povo merece história?

Roberto Carlos e a Justiça Mecânica

Um dos temas mais discutidos pela imprensa é o limite entre a vida pública e privada das pessoas. Uma corrente defende a separação total entre uma e outra, exemplificando, é como se fosse possível noticiar apenas o Pelé e não o Edson Arantes do Nascimento. Por outro lado, há pessoas (eu me incluo nessa linha) de que a partir do momento que existe notoriedade a vida da pessoa é uma só. O recente episódio da retirada dos livros sobre a vida do cantor Roberto Carlos estão trazendo à tona novamente essa polêmica. RC não teria gostado do livro, sem sequer ter lido, e alegou invasão de privacidade no processo. O juiz do caso protagonizou uma cena patética ao pedir autógrafo para Roberto. Não é novidade nenhuma que o Poder Judiciário se encontra em crise. E boa parte dela foi causada por seus próprios representantes. Essa decisão é arbitrária e absurda. O autor Paulo César Araújo, que escreveu o excelente "Eu Não Sou Cachorro Não", respeitou os limites legais e não cometeu nenhum crime. A revista Veja dessa semana publica excelente matéria sobre o assunto e reflete sobre as consequências que a já obsessiva sede por processos e indenizações podem causar nos meios culturais. Ações parecidas já tentaram tirar de circulação o livro de Fernando Morais "Na Toca dos Leões". O precedente está aberto.

02 maio 2007

Trabalhos

Ao final das comemorações do dia internacional do trabalho fica a impressão de que tudo corre bem para os trabalhadores. De certa forma sim, se levarmos em consideração a quantidade de benefícios e se compararmos com legislação de países, digamos, mais sérios. Por outro lado, esse ambiente de festividades serve muito mais para celebrar a república sindical. Enquanto nossos trabalhadores comemoram, aqueles que não trabalham, ou deixaram de trabalhar há bastante tempo, ficarão com os cofres R$ 100 milhões mais gordos. O vergonhoso imposto sindical agora será rachado meio a meio com o governo. Você trabalhador financiará cada vez mais a vida de nossos bons e honestos líderes sindicais. Confia em Berzoini? Luiz Marinho? Gushiken? Infelizmente esse texto ecoará no vazio.